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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Balaio de gatos e ninho de mafagafos: uma confusão que acompanha o Conselho Tutelar


Nas eleições para os Conselhos Tutelares municipais por todo o país, não faltaram acusações, pedidos de anulação das eleições e, efetivamente anulação das eleições. Grande maioria desses pedidos e denúncias partiu de políticos. Então a pergunta que fica é: por que será?

Os Conselhos Tutelares deveriam, assim como o legislativo e executivo, representarem a população, mas aqui em nossas terras, nada funciona assim. Representam a si mesmos, aos seus grupos, e se entranham e envolvem com seus tentáculos toda a tentativa de sociedade organizada.

É um quebra  língua de difícil entendimento para quem ouve, pior para quem fala, pois não tem propriedade, e apesar do nexo, não encontra um ritmo e coerência auditiva, enfim um ninho de mafagafos...

É um balaio de gatos onde ninguém se entende, onde as encrencas são constantes.

Que eles não se entendam por quebra língua ou encrencas, mas não devem, não poderiam; nada em nossa sã consciência permite que isso seja em prejuízo da população. Os políticos, regra geral, não nos prestam. O que nos sobra são as poucas exceções que justificam a regra.

Utilizar dos Conselhos Tutelares que, via de regra atendem em maioria à população de baixa renda, excluídos pela ausência do poder público, aqueles aos quais é negada ou subestimada a educação, a saúde, a moradia, o transporte e o lazer, pilares de uma sociedade justa, chega a ser uma vergonha.
Conselheiros tutelares têm acesso às famílias, às comunidades e, por vezes se prestam a cabos eleitorais daqueles políticos – também, em teoria, nossos servidores. E ao que se prestam? Conseguir apoio, ou apoios, desses senhores a cada dia mais desacreditados, para atuarem como cabos eleitorais. Alguns conselheiros negociam sua inegável capacidade em troca desse nefasto apoio visando um bem maior; outros simplesmente galgam um cargo, um afago em seu político de estimação.

A intenção é ótima, mas os presídios e o inferno estão lotados de boas intenções.

Acabar, exterminar a política da forma como vem sendo feita, em especial nos diversos legislativos é sinal e encorajamento à Ditadura, regime sem liberdade, sem voz, sem força. Um regime comandado por um ou poucos grupos de mandatários no qual o povo é apenas números, sem voz, sem força. Horrível. Passamos por isso sem nenhum avanço e com muitos retrocessos. E qual a diferença dessa nossa Democracia?

Grupos de esquerda, direita, centro, amarelos, azuis, ocres, se digladiam e “compram” consciências e mentes. Compram aqueles que estão mais próximos ao povo. Manipulam esse povo em seus próprios benefícios.

Acho que o povo está cansado. Acreditou em Tancredo – eleito indiretamente –; elegeu Collor que, entre tantos e tamanhos erros, por outro lado deu início ao rompimento de uma economia colonialista e tacanha; promoveu, com seu impeachment a ascensão de um Itamar que deixou seu governo trabalhar enquanto festava, mas fez; daí Fernando Henrique que ordenou o Brasil, deixando também seus ministros trabalharem pela modernização, pela contenção de uma economia que nos levaria ao caos, se mantida daquela forma; que com as privatizações – feitas até de forma errada – tirou o país da miséria e do endividamento.

Daí veio Lula, aquele representante do Partido dos Trabalhadores, que se recusaram a assinar a Constituição, foram contra tudo e contra todos, contra o Plano Real, inclusive. Então veio o governo salvador da Esquerda que obedeceu ao Plano Real e expandiu as ações sociais de seu antecessor, juntando os programas sociais sob um único nome. Aquele que é conhecido pelo Mensalão e pelo Petrolão. Enfim, aquele que promoveu, inegavelmente, progressos sociais... talvez com o dinheiro de tantos cidadãos, às custas do “chapéu alheio”. Talvez.

Mas o que temos na nossa política? Não são os velhos lobos, são as hienas de sempre: comem merda de um dinheiro podre, fazem sexo uma vez por ano, mas f... o povo a cada dia, e ainda assim continuam rindo.

Então o temor é de um golpe que se feche o Congresso – aquela coisa que fica lá no Distrito Federal . Todos tememos isso, parece que menos eles. Sempre haverá um lugar na Ditadura para os que estão a favor, e sempre haverá um lugar e um ganho extraordinário para aqueles que estão contra.
Afinal, alguém conhece algum político que perdeu dinheiro com golpes, contragolpes, manipulação, esquemas? E quantos conhecem povo que sempre perde, seja nessa claudicante Democracia ou na mais ferrenha Ditadura?


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