Há pouco, tomamos os palcos e fomos revolucionários. Era uma
peça não ensaiada, sem autores, sem roteiro. Ficará na história. Resta saber de
que forma.
Pelo que podemos ver das atitudes dos políticos, alvo maior
das manifestações, não fizemos nada além de subir ao palco num vacilo de
produção, no momento em que eles, atores, estavam nas coxias. Entenderam que
somos apenas uma plateia que aplaude ou vaia, e por um momento, ocupamos a
ribalta.
Os governantes seguiram a risca seus scripts: o federal fez
reuniões, criou comissões, ressuscitou o nome Lula, discursou promessas e
aventou um plebiscito sem nexo; o estadual, vilão e arrogante, se fez de surdo
e se fez de parceiro em falas pela imprensa; o municipal ainda embriagado com o
aroma das urnas, não governa e não tem consciência do que aquilo significou.
Mas todos, sem exceção, se ocultaram.
Os legisladores? Estes agem como sempre, acima e além do
cidadão. Os que não forem reeleitos, têm seus amigos que não lhes faltarão com
assessorias, secretarias, comissões. Assim pensam, assim atuam.
Mas cada um dos cidadãos é um ator social e, com licença de
Chico Buarque, “o que andam sussurrando em versos e trovas (...) que anda nas
cabeças, anda nas bocas...” não é ouvido onde os palhaços atuam. E os palhaços
são os que interpretam essa ópera bufa que esgotou o bom senso da plateia.
7 de Setembro será o grande termômetro de 2014, então, juízo
senhores.
Um comentário:
M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O!
Então: o que será que será?!?!?!
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