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sábado, 10 de agosto de 2013

Quem deveria ser ator, é plateia

Talvez a vida não imite a arte de forma exata, ou vice-versa, mas somos atores em todos os momentos de nossas vidas. Por vezes somos vilões, outras somos os galãs, ou rebeldes. Mas somos atores de dramas, comédias ou ficção.

Há pouco, tomamos os palcos e fomos revolucionários. Era uma peça não ensaiada, sem autores, sem roteiro. Ficará na história. Resta saber de que forma.

Pelo que podemos ver das atitudes dos políticos, alvo maior das manifestações, não fizemos nada além de subir ao palco num vacilo de produção, no momento em que eles, atores, estavam nas coxias. Entenderam que somos apenas uma plateia que aplaude ou vaia, e por um momento, ocupamos a ribalta.

Os governantes seguiram a risca seus scripts: o federal fez reuniões, criou comissões, ressuscitou o nome Lula, discursou promessas e aventou um plebiscito sem nexo; o estadual, vilão e arrogante, se fez de surdo e se fez de parceiro em falas pela imprensa; o municipal ainda embriagado com o aroma das urnas, não governa e não tem consciência do que aquilo significou. Mas todos, sem exceção, se ocultaram.

Os legisladores? Estes agem como sempre, acima e além do cidadão. Os que não forem reeleitos, têm seus amigos que não lhes faltarão com assessorias, secretarias, comissões. Assim pensam, assim atuam.

Mas cada um dos cidadãos é um ator social e, com licença de Chico Buarque, “o que andam sussurrando em versos e trovas (...) que anda nas cabeças, anda nas bocas...” não é ouvido onde os palhaços atuam. E os palhaços são os que interpretam essa ópera bufa que esgotou o bom senso da plateia.

7 de Setembro será o grande termômetro de 2014, então, juízo senhores.


Um comentário:

Anônimo disse...

M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O!
Então: o que será que será?!?!?!